Coral Vivo inaugura Recife Digital em Arraial d‘Ajuda

 

Para mostrar o que acontece no fundo do mar e os seres que o habitam, o Projeto Coral Vivo criou o Recife Digital, que foi inaugurado nesta sexta-feira, dia 24 de junho. O espaço, que fica localizado dentro do Arraial Eco Parque e que antes mantinha um aquário recifal, hoje usa a tecnologia a seu favor e leva o visitante a um mergulho no conhecimento de fatos, imagens e informações, que dificilmente seria visto a olho nu.

 

Por meio de duas telas holográficas, nichos explicativos e monitores, os convidados poderão conhecer um pouco sobre este ecossistema tão complexo – o recife de corais. No recinto, há holografias que exemplificam como acontecem dois fenômenos: a desova e o branqueamento dos corais. No espaço ainda existe a possibilidade de ver os corais, tocá-los e sentir sua textura, além de monitores para tirar as dúvidas dos presentes e explicar um pouco mais sobre o trabalho do Projeto Coral Vivo e sobre a vida marinha.

 

O recém- inaugurado Recife Digital conta com a tecnologia para mostrar o fundo do mar  e seus habitantes (Foto: Débora do Carmo)

 

Inauguração

 

Para a inauguração estiveram presentes, Maria Teresa Gouveia, Coordenadora de Políticas Públicas do Projeto Coral Vivo; a bióloga Thais Melo, Coordenadora de Educação da instituição; a oceanógrafa Flávia Guebert, Coordenadora Geral do Projeto Coral Vivo; Carlos Henrique Lacerda, Chefe da base de pesquisas da entidade; Barbara Castro, Diretora de criação do Recife Digital e Marinah Raposo, arquiteta responsável pela montagem executiva do recinto.

 

Flávia contou um pouco sobre a história do Coral Vivo e da importância do projeto para o estudo e pesquisa do ambiente marinho. “O Coral Vivo chegou em Arraial em 2003 em busca de estudar os recifes de coral. A Bahia é um lugar muito especial pois é a região com a maior biodiversidade marinha. Foi aqui, dentro do Eco Parque, há 18 anos, que iniciamos as primeiras pesquisas relevantes acerca os recifes e coral, sua reprodução e diversos outros segmentos de estudo nesse nosso jardim, que é o mar. Nosso trabalho tem como objetivo, agora, mais do que nunca, mostrar, informar e fazer as informações relevantes chegarem até a sociedade, estes estudos e descobertas sobre o recife de corais, que nada mais é que uma cidade embaixo do mar, onde vivem peixes, polvos e outros invertebrados, responsáveis inclusive pela subsistência da cadeia turística e pesqueira da região”, declarou.

 

Carlos Henrique, que é chamado carinhosamente por Caíque falou da importância da parceria Petrobras e Arraial Eco Parque para as pesquisas de corais no Brasil. “A base dentro do parque começou com um viveiro e hoje tem inclusive um laboratório, que permite diversas formas de trabalho e de pesquisa. Os viveiros iniciaram com uma proposta de reprodução e que hoje já estuda o cruzamento de espécies e a preservação a partir da criopreservação. Já no laboratório por meio de um microcosmo, conseguimos verificar algumas das alterações de forma controlada em ambientes diversos como é o caso do estudo pioneiro no Brasil do impacto do uso de protetor solar m locais onde existem os recifes de corais, e as consequências da chegada do óleo na região para este ecossistema”, explicou.

 

Concepção

 

Na ocasião, Bárbara explicou a concepção do Recife Digital. “Há mais de um ano estamos projetando e a ideia foi juntar informações sobre os corais e disponibilizá-las usando a tecnologia das holografias em duas telas dentro do recinto. Além disso há um espelho animado, onde as pessoas podem se ver junto a beleza e a biodiversidade do ambiente marinho, onde todas as animações tem consultoria científica, ressaltando contribuição do Projeto Coral Vivo à sociedade”, salientou.

 

Marinah também falou sobre a montagem do Recife Digital com muito orgulho e agradecimento. Eu já participei de outras exposições baseadas em projetos científicos e me realizei trazendo ao público o que é visto somente dentro dos laboratórios. Iniciamos o projeto do Recife Digital com muita preocupação de qual seria o impacto gerado nas pessoas e em como estruturar o ambiente com materiais sem poluir e sem causar danos à natureza”, acrescentou.

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