Azul e Avianca planejam aumento da oferta em 2013 e TAM e Gol fazem ajustes

Balanço feito pela Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) mostra que 2012 foi um ano difícil para a aviação civil brasileira com rentabilidade das empresas comprometida em função de entraves, como o aumento do preço do combustível, alta do dólar, taxas e tarifas de navegação aérea, infraestrutura e, ainda, o ritmo desacelerado da economia global.
Mesmo com o crescimento abaixo do esperado, com dimunuição da oferta pelas companhias mais consolidadas no mercado como Gol e TAM. Já Avianca e a Azul têm mantido uma tendência de crescimento, elevando ou pelo menos mantendo sua oferta.
“Tivemos até um aumento em rotas e destinos, mas não foi suficiente. O negócio de transporte aéreo é muito ligado ao desempenho da economia, e a situação da economia esse ano também é refletida na realidade das aéreas”, analisa o presidente da Abear, Eduardo Sanovicz.
A realidade das companhias em 2013 deve ser diferente, tanto para a aviação regional quanto para a aviação doméstica. “Avianca e Azul/Trip preveem crescimento, com aumento da oferta, enquanto Gol e TAM veem de um ano de ajuste nas frequências de voos e devem manter essa diminuição da oferta”, aponta.
A perspectiva, portanto, é de que haverá uma diminuição na oferta total, mas a demanda será mantida, para que as taxas de ocupação sejam mais altas, as empresas tenham melhor rentabilidade e o preço médio das passagens também não passe por ajustes muito impactantes.
Durante o mês de novembro de 2012 as empresas associadas da Abear ofereceram 9,29 bilhões de assentos-quilômetros (ASK), transportando um total de 6.363.229 passageiros. A indústria de transporte aéreo neste período apresentou retração na oferta de 5,62% e na demanda de 2,35%, se comparadas com o mês de outubro desse ano.
Isso elevou em 2,55% o fator de aproveitamento (Load Factor – RPK/ASK), de 73,73% para 76,28% em novembro.
“Esses números já refletem o momento em que o setor aéreo vive atualmente. As empresas estão revendo suas estratégias para melhorar a taxa de ocupação de seus voos e, com isso, aumentar sua rentabilidade e tentar manter os preços das passagens, sem repassar para os consumidores as dificuldades enfrentadas pelas empresas durante este ano”, diz Eduardo Sanovicz, que também é presidente da Avianca.

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