Passaredo ou Avianca? Juiz de Fora cria movimento para atrair voos para o Aeroporto da Serrinha

Um grupo de Juiz de Fora criou um movimento para atrair
novas companhias aéreas para o Aeroporto Francisco Álvares de Assis, ou
Serrinha. Mais conhecido por Serrinha, o aeroporto está sem receber voos
comerciais desde abril deste ano, quando a Azul transferiu suas operações para
o Aeroporto Regional em Goianá.  A
Passaredo, que opera com o ATR-72, com 70 assentos, mesmo modelo usado pela
Azul, estuda lançar voos em Juiz de Fora.

Os executivos da
Passaredo terão reunião nesta semana com a TAM. As duas empresas iniciaram uma
parceria em 1º de agosto deste ano. No encontro o principal assunto do encontro
será a ampliação das rotas da Passaredo. Juiz de Fora, Varginha e Montes Claros
são as cidades que poderão receber voos da companhia.
A esperança do grupo de Juiz de Fora é a possibilidade de a
gigante TAM investir na Passaredo, o que pode adiantar a compra de novas
aeronaves. São nove turboélices ATR-72. Com mais aviões, a Passaredo poderia
lançar novas rotas e aumentar número de voos na Pampulha, em Belo Horizonte,
onde oferece dois voos diretos para Ribeirão Preto. O voo de Juiz de Fora seria
direto para Guarulhos, podendo a cidade receber mais rotas.
A companhia Azul alega que não tem interesse de voltar a
operar na Serrinha. A segurança nos pousos e decolagens é o principal motivo. A
outra esperança de Juiz de Fora é a Avianca Brasil, empresa que estuda a compra
de ATRs e dos jatos da Embraer, aeronaves que poderiam operar em Juiz de Fora e
Varginha, cidade do Sul de Minas que ficou sem voos da Azul em fevereiro deste
ano. Lembrando que a partir de 15 de setembro o Aeroporto Regional da Zona da
Mata fica sem os voos diretos da Azul para Confins, na Grande Belo Horizonte.
No grupo criado no Facebook para atrair voos para a Serrinha
já são 1.227 membros. Além de reuniões, os integrantes estão em contato permanente
com representantes do Governo Federal, Governo de Minas e da Prefeitura de Juiz
de Fora. As empresas aéreas também estão sendo procuradas. O fundador do do movimento é Alexandre Hil Mastrini os administradores são Roberto Nogueira (Relações Públicas) e Robson Assis
(engenheiro). Todos esclarecem que o grupo não tem ligação com partidos
políticos.
O Tudo Viagem apoia o movimento. Por ser um blog
independente vai levantar uma polêmica. O prefeito de Juiz de Fora, Bruno de
Freitas Siqueira (PMDB) foi apoiado pela família do ex-presidente Itamar
Franco, um dos responsáveis pela construção do Aeroporto Regional, motivo de
ter recebido seu nome, e não estaria empenhado em atrair novos voos para a
Serrinha.
Lembrando que o Aeroporto Regional está a 45 quilômetros de
Juiz de Fora. Mas atenção. Esse blog defende a manutenção dos voos no Aeroporto
Regional. A região precisa de mais voos, o que forçará as companhias a melhorar
o serviço e reduzir os preços das passagens.

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3 Comments

  1. É uma vergonha o que a Azul fez contra Juiz de Fora. No caso da Serrinha, a melhor opção é Confins e não Guarulhos. São Paulo já tem a Azul em Campinas e é muito difícil para a Passaredo mesmo associada à TAM por causa da quantidade de conexões oferecidas pela Azul em Viracopos. Para Confins a demanda de passageiros é grande e crescente e também tem muitas conexões pela TAM. Mas podem esperar, essa novela não vai ser fácil para Juiz de Fora e vai demorar porque nem Passaredo nem Avianca tem avião para operar na Serrinha. Esse grupo deveria comentar também a recente escandalosa desocupação na rede hoteleira de Juiz de Fora principalmente por causa do fim dos voos na Serrinha. Vamos ver como vai ficar agora com a inauguração de mais três hotéis na cidade, um com dimensão inédita. Vão hospedar fantasmas?

  2. Acrescentando: esse grupo que defende a Serrinha deveria questionar o que foi feito com os 166 mil passageiros que usaram os dois aeroportos em 2012 ( 100 mil na Serrinha e 66 mil em Goianá). Neste ano, nos dois aeroportos, se o total for de 80 mil será muito. Político nenhum de Juiz de Fora sequer toca no assunto. O Governo de Minas esta construindo uma estrada ao custo de 50 milhões de reais que ao invés de diminuir a distância do centro da cidade a Goianá vai aumentar de 47 para cerca de 65 km! O sumiço de 50% dos passageiros em dois anos se explica pela bagunça geral em relação ao transporte aéreo na região. Seria muito mais lógico desenvolver a demanda primeiro na Serrinha para só depois utilizar o Regional, ou não? O que nossas autoridades do município e do estado pretendem com essa situação?

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