Nesta quarta-feira, 20 de março, o Governo Federal lançou uma estratégia pioneira visando ampliar a atração de visitantes internacionais para o país. Denominado Programa de Aceleração do Turismo Internacional (PATI), este plano inovador é uma colaboração entre o Ministério do Turismo, o Ministério de Portos e Aeroportos e a Embratur. E conta com financiamento proveniente do Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC).
O PATI é estruturado em torno de dois principais eixos de atuação: o aumento da disponibilidade de assentos em voos internacionais regulares e a melhoria da experiência dos turistas nos aeroportos brasileiros. Essa estratégia tem como objetivo fortalecer a posição do Brasil no cenário turístico mundial. E visa cumprir a meta ambiciosa de receber um número crescente de turistas estrangeiros até 2026. Assim como promover a geração de emprego, renda, trabalho e inclusão social através do setor do turismo.
Ana Carla Lopes, representando o ministro do Turismo, Celso Sabino, no lançamento do programa, destacou a importância do PATI como um complemento aos esforços governamentais para consolidar o Brasil como um dos principais destinos turísticos globais. Ela enfatizou que o programa não só visa aumentar o número de visitantes estrangeiros, mas também fomentar o desenvolvimento social e econômico por meio do turismo.
A primeira iniciativa do PATI é um edital de chamamento público, de natureza piloto, destinado a incentivar tanto companhias aéreas brasileiras quanto estrangeiras a estabelecer novos voos regulares para destinos turísticos no Brasil. Esse edital propõe um modelo de financiamento colaborativo, no qual as empresas aéreas selecionadas receberão incentivos financeiros do PATI para a promoção de destinos brasileiros no exterior. O incentivo consiste em um repasse de R$ 40 por cada novo assento disponibilizado, exigindo que as empresas correspondam ao menos com um valor equivalente ao investimento do programa.
“Esse programa piloto converge com os principais pilares do governo do presidente Lula: integração, interação entre ministérios e a construção coletiva. A gente espera que essa modelagem inovadora, que é piloto, possa ser a primeira experiência que a gente venha a ter para alavancar mais recursos do próprio FNAC e, a partir daí, a gente poder fazer mais investimentos em voos internacionais”, enfatiza o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho.
Como funciona
As companhias aéreas interessadas em participar devem apresentar um plano de promoção turística, que pode incluir campanhas publicitárias e viagens de familiarização com jornalistas, influenciadores digitais e operadores de turismo. O período contemplado para a nova oferta de assentos é de 27 de outubro de 2024 a 29 de março de 2025, com um investimento inicial de R$ 3,3 milhões, esperando-se dobrar este valor com as contrapartidas das empresas aéreas.
Além disso, o edital define critérios específicos que priorizam voos oriundos de 25 mercados estratégicos identificados pela Embratur. Isso com base no potencial de emissão de turistas e na sustentabilidade ambiental. As companhias aéreas que aderem aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da ONU apresentam práticas sustentáveis e contribuem para a inclusão social terão vantagem na seleção. Esses critérios visam não apenas aumentar o fluxo turístico, mas também promover um turismo responsável e sustentável.
Essa abordagem se alinha com as crescentes demandas globais por práticas de viagem mais ecológicas e socialmente responsáveis. Ao privilegiar empresas que utilizam aeronaves modernas e menos poluentes e que demonstram comprometimento com a sustentabilidade e a inclusão social, o governo brasileiro não só visa ampliar a sua oferta turística, mas também reforçar a imagem do Brasil como um destino preocupado com as questões ambientais e sociais.
Um lugar de destaque
Este movimento coloca o Brasil em paralelo com outras nações, como Reino Unido, Espanha, Irlanda e Suécia, que já implementaram políticas semelhantes de fomento ao turismo. A Embratur, que executa o projeto piloto, espera criar até 82.500 novos assentos em voos internacionais. O que representa um número equivalente de turistas adicionais visitando o Brasil.
Marcelo Freixo, presidente da Embratur, ressaltou a natureza inovadora do edital e sua potencialidade para instaurar uma nova política cultural de fomento ao turismo com participação público-privada. Ele expressou otimismo de que este projeto piloto possa pavimentar o caminho para futuras iniciativas ampliadas.