Região é reconhecida como novo destino do turismo de natureza no Brasil
A maior cadeia de montanhas do Brasil, patrimônio reconhecido pela Unesco como Reserva Mundial da Biosfera, é o mais novo destino turístico de natureza do país. Repleto de biodiversidade endêmica e história da mineração, o local abrange 172 municípios entre Minas Gerais e Bahia.
E o que o turista apaixonado pela natureza vai encontrar nela? Um conjunto de montanhas monumentais (o segundo maior da América Latina), biodiversidade de fauna e flora com espécies endêmicas, águas cristalinas e um pôr do sol que vai alaranjar a paisagem digna de uma pintura.
A Cordilheira do Espinhaço possui mil quilômetros de extensão, sendo 90% do seu território localizado em Minas Gerais e o restante na Bahia, passando pela Chapada Diamantina. A exuberância da natureza abrange três biomas diferentes: Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga, fazendo jus ao reconhecimento da Unesco.

Entre os seus trechos mais bonitos estão as cidades mineiras de Grão Mogol, Botumirim, Cristália, Itacambira e Turmalina, responsáveis pela articulação da criação desse destino tão importante para o turismo nacional. A Cordilheira também abrange cidades como Ouro Branco, Ouro Preto, Catas Altas, Caeté, Serro, Diamantina, Porteirinha, Mato Verde, Espinosa, Olhos-d’Água, Monte Azul, dentre outras.
“Poder falar da Cordilheira do Espinhaço como destino turístico é uma alegria para nós. Além de uma beleza singular e de ser a nossa única cordilheira, o local conta com atrativos que trazem mais visibilidade ao país e impulsionam os empregos e a economia na região. Sai ganhando o turista (que vai viver momentos memoráveis), ganham os moradores (que vão ter no turismo uma fonte de renda), e ganha o nosso país ao mostrar a força do turismo nacional”, informa o Ministério do Turismo.
Atrativos
Além da cadeia de montanhas que enriquece a formação geológica, o visitante encontra cânions, lagos, rios, cachoeiras e trilhas de diferentes níveis, podendo apreciá-las a pé ou de bicicleta. Esses atrativos são vistos nos parques que compõem a Cordilheira, como o Parque Estadual de Grão Mogol, o Parque Nacional da Serra do Cipó e o Parque Nacional das Sempre-Vivas.
Em Botumirim, uma das cidades do roteiro, há um parque estadual onde foi avistada a rolinha-do-planalto, uma das aves mais raras do mundo.
Turismo histórico
Mas a região também esconde preciosidades do turismo histórico que só quem a visita consegue encontrar, pois a região é berço da ocupação da descoberta do ouro e diamante no Brasil. Em Grão Mogol, por exemplo, o turista passeia pelo centro da cidade, local tombado como patrimônio histórico estadual.
Outro atrativo é a Igreja Matriz Santo Antônio, que já foi escolhida como uma das dez mais imperdíveis do Estado, sendo construída em pedra e madeira.
Por lá, também é possível visualizar pinturas rupestres em cavernas milenares e apreciar as delícias da gastronomia mineira e baiana por meio da produção local de vinhos, com destaque para a uva merlot, e de pratos típicos que fazem sucesso nos estados.

Projeto
A apresentação da Cordilheira do Espinhaço como novo destino turístico foi oficializada em março de 2023 por meio de uma parceria entre as prefeituras de Grão Mogol, Botumirim, Cristália, Itacambira e Turmalina. Em 2022, a iniciativa foi abordada no seminário nacional no Ministério do Turismo e, para sua criação, foi contemplado um trabalho de capacitação e estruturação para receber melhor os turistas.
“A partir do projeto, a região só tem a crescer como um destino turístico de natureza, demonstrando riqueza da nossa biodiversidade e apoiando o turismo sustentável e que respeite as tradições da cultura local”, pontua o secretário de Turismo de Grão Mogol, Ítalo Mendes.
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