Setor aéreo prevê recuperação total de passageiros em 2024

Setor aéreo prevê recuperação total de passageiros em 2024

A previsão da Associação Internacional de Transporte Aéreo é que daqui a dois anos o setor ultrapasse o número de passageiros aéreos de antes da pandemia e atinja a marca de 4 bilhões. Devido à variante Ômicron, as expectativas de recuperação a curto prazo diminuíram, mas mesmo com as restrições às pessoas desejam viajar:

“A trajetória da recuperação do número de passageiros após a crise da COVID-19 não sofreu alteração com a variante Ômicron. As pessoas querem viajar. E quando as restrições de viagem são revogadas, elas voltam a voar. Ainda há um longo caminho a percorrer para chegar a uma situação normal, mas a previsão de evolução do número de passageiros é uma boa razão para estarmos otimistas”, disse Willie Walsh, diretor-geral da IATA.

Em 2021, os números de passageiros em relação aos dados de antes da pandemia representaram 47% do total em voos nacionais e 27% em viagens internacionais. A expectativa é que esse número cresça e ultrapasse os dados de 2019 em 2024. Apesar disso, as perspectivas de recuperação do setor são mais lentas do que as estimativas feitas em novembro do ano passado:

“Os principais e mais imediatos influenciadores dos números de passageiros são as restrições que os governos impõem às viagens. Felizmente, mais governos entenderam que as restrições de viagem têm pouco ou nenhum impacto de longo prazo na propagação de um vírus. E as dificuldades econômicas e sociais causadas para obter benefícios muito limitados simplesmente não são mais aceitáveis em um número crescente de mercados. Com isso, a revogação progressiva das restrições está dando o impulso tão necessário às perspectivas de viagens”, disse Walsh.

É importante ressaltar que nem todos os mercados vão reagir e se recuperar no mesmo ritmo. Isso porque cada governo caminha de um jeito em relação às restrições da pandemia. Países como a Austrália e a Nova Zelândia já relaxaram medidas para retornar a conexão com o mundo. Em contrapartida, a China continua fechada.

A Ásia, devido a lenta remoção das restrições de viagens internacionais, e a África, que tem um processo lento de vacinação, são os continentes em que a recuperação dos passageiros e frotas devem demorar mais. Na América Latina, a previsão já indica um forte 2022 e a expectativa é que tenha um bom número de passageiros com o desejo de viajar para a América do Norte.

Vale ressaltar que essa previsão não leva em consideração a guerra entre Rússia e Ucrânia, mas o setor não acredita em impactos a longo prazo e garante que é cedo para medir as consequências deste conflito para a aviação. Caso hajam impactos, eles seriam mais graves na Rússia, que ocupava a 11° posição no mundo no mercado de serviços de transporte aéreo. A Ucrânia ocupava o 48° lugar.

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