Com a retomada do Boeing 737 MAX, a Gol poderá realizar voos sem escalas do Brasil para os Estados Unidos.
A Gol foi autorizada nesta quarta-feira (25/11) pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) a voltar a operar com as aeronaves modelo Boeing 737-8 MAX após a conclusão dos trabalhos realizados pela agência no processo de validação das modificações do projeto. A ANAC concluiu que o projeto com as modificações propostas é seguro e atende aos requisitos de aeronavegabilidade necessários.
A Gol possui sete aeronaves Boeing 737 MAX. As aeronaves estão estacionadas no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, desde março de 2019. Com a retomada do Boeing 737 MAX, a Gol poderá realizar voos sem escalas do Brasil para os Estados Unidos. Entre as exigências atendias pela Gol estão reconfiguração do sistema de controle de voo desse modelo de aeronave, a correção do roteamento do conjunto de cabos, revisões de procedimentos incorporados ao manual de voo e testes de recalibração dos sensores. Adicionalmente, também houve a revisão do programa de treinamento dos pilotos.

O Boeing 737 MAX da Gol tem 186 assentos e conta com equipamentos com tecnologia de ponta e permite melhor desempenho operacional, além de ter uma autonomia maior de voo de cerca de 6.500 km – possibilitando oportunidades para abertura de novos destinos e aumento da etapa média da companhia. Entre as melhorias e inovações do Boeing 737 MAX está, também, a redução do consumo de combustível e emissão de gases poluentes em 15%.
No dia 18 de novembro deste ano a autoridade norte-americana Federal Aviation Administration (FAA) aprovou as modificações necessárias para que a aeronave voltar a operar nos Estados Unidos. O trabalho foi realizado em conjunto com a ANAC e outras autoridades de aviação civil no mundo, em especial a autoridade europeia European Aviation Safety Agency (EASA) e a canadense Transport Canada Civil Aviation (TCCA).
Desde abril de 2019, quando a Boeing iniciou as atividades para certificação das modificações propostas, a ANAC vem participando de um grupo para análise desses estudos. Ao todo, cerca de vinte profissionais da agência, dentre engenheiros(as) de diversas especialidades e pilotos, inclusive de ensaio de voo, participaram do processo.