Primeira edição na América Latina de festival de cinema negro

O Salvador Black Film Festival (SBFF) movimentará a capital baiana, cidade que abriga uma das maiores populações negras fora da África.

O festival acontecerá em novembro de 2020 na capital baiana. O Festival foi lançado na última semana, durante coquetel para imprensa e convidados, no Espaço Cultural da Barroquinha, no Templo Afro-Brasileiro, em Salvador. Será a primeira edição na América Latina do festival de cinema negro, que já é realizado com sucesso no Canadá, nos Estados Unidos e no Haiti.

O Salvador Black Film Festival é uma parceria da Giros Filmes e da Zaza Produções, com apoio institucional da Prefeitura de Salvador. O evento é filiado aos festivais de cinema negro canadenses da Fabienne Colas Foundation – que engloba o Montreal Intl Black Film Festival, o Toronto Black Film Festival e o Halifax Black Film Festival. Apelidada de “Rainha dos Festivais”, Fabienne tem mais de duas décadas de experiência em festivais.

“O objetivo de trazer o Black Film Festival para Salvador é desenvolver a indústria local, os artistas e diretores baianos. É importante mostrar filmes negros para empoderar a próxima geração de cineastas, para que possamos ter produções de Salvador ganhando o mundo”, ressaltou Fabienne Colas, cofundadora da SBFF, presidente e fundadora da Zaza Produções e da Fundação Fabienne Colas.

Em seu discurso, o cofundador do SBFF e CEO da Giros Filmes, Maurício Magalhães, destacou a experiência da produtora de 22 anos “fazendo filmes, que apelidamos de filmes de causa, como o ‘Menino 23 – Infâncias Perdidas no Brasil”. Ele avalia que a realização do Salvador Black Film Festival vai trazer novamente para a cidade o protagonismo que ela merece, como no tempo de Glauber Rocha, que chegou a ser premiado com um Cannes. “A gente, para ser melhor ainda, precisa intercambiar, se unir, apesar das diferenças, em prol de coisas maiores”, concluiu Maurício.

Acompanhado do secretário de Cultura e Turismo de Salvador, Claudio Tinoco, o prefeito, ACM Neto, destacou a importância da realização do Salvador Black Film Festival para a cultura e economia da cidade. “Estamos enxergando o potencial criativo que todos os elementos da cultura africana tem para nossa cidade. Faz parte de uma estratégica econômica de transformar Salvador num destino de turístico étnico, de dá condições para o fomento da produção audiovisual local, além de disseminar a economia criativa, que é muito próprio da nossa cidade”.

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