Ministros discutem redução do preço do querosene de aviação civil

Receio é de que o valor do combustível, principal impacto nas passagens aéreas, possa prejudicar o turismo na alta temporada

Preocupados com o impacto que o preço do querosene de aviação possa ter no desempenho do turismo nacional na alta temporada, os ministros do Turismo, Celso Sabino, e de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, se reuniram nesta semana  com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, para tratar da redução do preço do querosene da aviação civil (QAV).

Segundo levantamento da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o preço do combustível é responsável por cerca de 36,6% do valor dos bilhetes aéreos no país no primeiro semestre.

“Nos preocupa o fato de que o preço do combustível pode atrapalhar o bom momento que vive o turismo brasileiro, em especial na alta temporada que começa em novembro. A reunião é mais uma ação do governo federal para tratar dessa questão, que é um gargalo para toda a nossa atividade”, comentou o ministro do Turismo, Celso Sabino.

Na ocasião, Silveira recebeu as contribuições, ressaltando a importância do trabalho conjunto entre os ministérios e reiterou que vem trabalhando para garantir menores preços do QAV, óleo diesel e gasolina.

De acordo com Costa Filho, a alta no preço do combustível tem prejudicado fortemente o crescimento da aviação civil e do turismo nacional. Enquanto no Brasil o impacto do QAV nas passagens aéreas é de quase 40%, no restante do mundo ele representa entre 18% a 22% do valor dos bilhetes.

No Brasil, a Petrobras detém, atualmente, 93% da produção nacional de QAV, sendo o único importador do país. Apesar dos dados, a estatal estaria praticando 13% acima do preço de paridade internacional, com preço por litro R$ 0,49 centavos acima do Preço de Paridade de Importação (PPI).

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